PERSEU E ATLAS
Depois de matar a Medusa, Perseu, carregando a cabeça de Górgona, voou sobre a terra e o mar. Ao anoitecer, atingiu o limite ocidental da Terra, onde o sol se põe, Sentir-se-ia feliz de ali descansar até o amanhecer. Era o reino de Atlas, cuja estatura ultrapassava a de todos os outros homens. Possuía ele grande riqueza em rebanhos e não tinha vizinhos ou rival que lhe disputasse os bens. Seu maior orgulho, porém, eram seus jardins, onde frutos de ouro pendiam pendiam de galhos também de ouro, ocultos por folhas de ouro.
- Vim como hóspede - disse-lhe Perseu. - Se honrais uma origem ilustre, sabe que tenho Júpiter por pai. Se preferes feitos valorosos, sabe que venci a Górgona. Procuro repouso e alimento.
Atlas, porém, lembrou-se de que uma velha profecia o advertira de que um filho de Jove lhe roubaria, um dia, as maçãs de ouro.
- Sai! - retrucou, portanto. - Não serás protegido por tuas falsas pretensões de origem ilustre ou feitos valorosos.
Ao mesmo tempo, tratou de expusá-lo. Perseu, percebendo que o gigante era muito forte para ele, retrucou:
- Uma vez que prezas tão pouco minha amizade, digna-te de receber um presente.
E, virando o rosto para o lado, levantou a cabeça da Górgona. O corpo enorme de Atlas transformou-se em pedra. Sua barba e seus cabelos tornaram-se florestas, os braços e os ombros, rochedos, a cabeça, um cume e ossos, as rochas. Cada parte aumentou de volume até se tornar uma montanha e (assim quiseram os deuses) o céu, com todas as suas estrelas, se apóia em seus ombros.
Próxima História: "Castor e Pólux".
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Histórias Gregas>>>>>>
PERSEU E A MEDUSA
Perseu era filho de Júpiter, Zeus, e Dânae. Seu avô, Acrísio, assustado com a predição de um oráculo, no sentido que o filho de sua filha seria o instrumento de sua morte, determinou que a mãe e o filho fossem encerrados numa arca, e esta colocada no mar. A arca flutuou até Serifo, onde foi encontrada por um pescador, que levou a mãe e o filho a Polidectes, o rei do país, que os tratou com bondade. Quando Perseu tornou-se homem, Polidectes mandou-o combater a Medusa, monstro terrível que devastava o país. Medusa fora outrora uma linda donzela, que se orgulhava principalmente de seus cabelos, mas se atreveu a competir em beleza com Minerva, Atena, e a deusa privou-a de seus encantos e transformou as lindas madeixas em hórridas serpentes. Medusa tornou-se um monstro cruel, de aspecto tão horrível, que nenhum ser vivo podia fitá-la sem se transformar em pedra. Em torno da caverna onde ela vivia, viam-se figuras petrificadas de homens e de animais que tinham ousado contemplá-la. Perseu, com o apoio de Minerva, que lhe enviou se escudo, e de Mercúrio, Hermes, que lhe mandou suas sandálias aladas, aproximou-se de Medusa enquanto ela dormia e, tomando cuidado para não olhar diretamente para o monstro, e sim guiado pela imagem refletida no brilhante escudo que trazia, cortou-lhe a cabeça e ofereceu a Minerva, que passou a trazê-la na Égide.
Milton, em "Comus", assim se refere à Égide:
"O que era aquele escudo, com a cabeça
Asquerosa da Górgona adornado,
Que trazia Minerva, a impoluta
Virgem, e petrificava os inimigos,
Senão aquela santa austeridade,
Essa expressão em face à qual se curva,
Humilhada e vencida, a força bruta?"
Próxima História: "Perseu e Atlas".
Perseu era filho de Júpiter, Zeus, e Dânae. Seu avô, Acrísio, assustado com a predição de um oráculo, no sentido que o filho de sua filha seria o instrumento de sua morte, determinou que a mãe e o filho fossem encerrados numa arca, e esta colocada no mar. A arca flutuou até Serifo, onde foi encontrada por um pescador, que levou a mãe e o filho a Polidectes, o rei do país, que os tratou com bondade. Quando Perseu tornou-se homem, Polidectes mandou-o combater a Medusa, monstro terrível que devastava o país. Medusa fora outrora uma linda donzela, que se orgulhava principalmente de seus cabelos, mas se atreveu a competir em beleza com Minerva, Atena, e a deusa privou-a de seus encantos e transformou as lindas madeixas em hórridas serpentes. Medusa tornou-se um monstro cruel, de aspecto tão horrível, que nenhum ser vivo podia fitá-la sem se transformar em pedra. Em torno da caverna onde ela vivia, viam-se figuras petrificadas de homens e de animais que tinham ousado contemplá-la. Perseu, com o apoio de Minerva, que lhe enviou se escudo, e de Mercúrio, Hermes, que lhe mandou suas sandálias aladas, aproximou-se de Medusa enquanto ela dormia e, tomando cuidado para não olhar diretamente para o monstro, e sim guiado pela imagem refletida no brilhante escudo que trazia, cortou-lhe a cabeça e ofereceu a Minerva, que passou a trazê-la na Égide.
Milton, em "Comus", assim se refere à Égide:
"O que era aquele escudo, com a cabeça
Asquerosa da Górgona adornado,
Que trazia Minerva, a impoluta
Virgem, e petrificava os inimigos,
Senão aquela santa austeridade,
Essa expressão em face à qual se curva,
Humilhada e vencida, a força bruta?"
Próxima História: "Perseu e Atlas".
terça-feira, 26 de outubro de 2010
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HERO E LEANDRO
Leandro era um jovem de Ábidos, cidade situada na margem asiática do estreito que separa a Ásia da Europa. Na margem oposta do estreito, na cidade de Sestos, vivia a donzela Hero, sacerdotisa de Vênus, ou Afrodite. Leandro a amava e costumava atravessar o estreito a nado, todas as noites, para gozar a companhia do amante, guiado por uma tocha, que ela acendia na torre, para esse fim.
Mas, numa noite de tempestade, em que o mar estava muito agitado, o jovem perdeu as forças, e afogou-se. As ondas levaram o corpo à margem européia, onde Hero tomou conhecimento de sua morte e, desesperada, atirou-se da torre ao mar e pereceu.
A história de Leandro atravessando o Helesponto a nado era tida como lendária e considerada impossível, até Lord Byron provar a sua possibilidade, realizando a façanha ele próprio. Na "Noiva de Ábidos", diz ele:
"Estes membros que as ondas carregaram".
A distância na parte mais estreita do Helesponto é de quase uma milha (1.609 metros) e há uma corrente constante, no sentido do Mar de Mármara para o Arquipélago. Depois de Byron, a travessia tem sido realizadas por outros. De qualquer maneira, porém, trata-se de uma preza notável, capaz de assegurar fama àquele que a consiga realizar.
No começo do segundo canto do mesmo poema, Byron assim alude à lenda:
"Sopram fortes os ventos no Helesponto,
Como naquela noite tempestuosa
Em que o próprio Amor que o enviara
De salvar descuidou-se o bravo jovem
O belo jovem, única esperança
De Hero, filha de Sesto. Solitária,
Na alta torre a fogueira crepitava,
Desafiando o furacão e as ondas.
As marítimas aves, crocitando,
Pareciam gritar-lhe que não fosse
E a cor escura das pesadas nuvens
Era outro núncio do perigo extremo.
Nada, porém, ele escutava ou via
Senão a luz do amor, a luz da estrela
Que, nas trevas, brilhava, solitária,
E a voz de Hero, a voz do amor, nas trevas,
Abafando o fragor da tempestade".
Próxima história: "Perseu e Medusa".
Leandro era um jovem de Ábidos, cidade situada na margem asiática do estreito que separa a Ásia da Europa. Na margem oposta do estreito, na cidade de Sestos, vivia a donzela Hero, sacerdotisa de Vênus, ou Afrodite. Leandro a amava e costumava atravessar o estreito a nado, todas as noites, para gozar a companhia do amante, guiado por uma tocha, que ela acendia na torre, para esse fim.
Mas, numa noite de tempestade, em que o mar estava muito agitado, o jovem perdeu as forças, e afogou-se. As ondas levaram o corpo à margem européia, onde Hero tomou conhecimento de sua morte e, desesperada, atirou-se da torre ao mar e pereceu.
A história de Leandro atravessando o Helesponto a nado era tida como lendária e considerada impossível, até Lord Byron provar a sua possibilidade, realizando a façanha ele próprio. Na "Noiva de Ábidos", diz ele:
"Estes membros que as ondas carregaram".
A distância na parte mais estreita do Helesponto é de quase uma milha (1.609 metros) e há uma corrente constante, no sentido do Mar de Mármara para o Arquipélago. Depois de Byron, a travessia tem sido realizadas por outros. De qualquer maneira, porém, trata-se de uma preza notável, capaz de assegurar fama àquele que a consiga realizar.
No começo do segundo canto do mesmo poema, Byron assim alude à lenda:
"Sopram fortes os ventos no Helesponto,
Como naquela noite tempestuosa
Em que o próprio Amor que o enviara
De salvar descuidou-se o bravo jovem
O belo jovem, única esperança
De Hero, filha de Sesto. Solitária,
Na alta torre a fogueira crepitava,
Desafiando o furacão e as ondas.
As marítimas aves, crocitando,
Pareciam gritar-lhe que não fosse
E a cor escura das pesadas nuvens
Era outro núncio do perigo extremo.
Nada, porém, ele escutava ou via
Senão a luz do amor, a luz da estrela
Que, nas trevas, brilhava, solitária,
E a voz de Hero, a voz do amor, nas trevas,
Abafando o fragor da tempestade".
Próxima história: "Perseu e Medusa".
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
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APOLO E DAFNE
Dafne foi o primeiro amor de Apolo. Não surgiu por acaso, mas pela malícia de Cupido, o deus do Amor, filho de Vênus, ou Afrodite. Apolo viu o menino brincando com seu arco e suas setas e, estando ele próprio muito envaidecido com sua recente vitória sobre Píton, disse-lhe:
- Que tens a fazer com armas mortíferas, menino insolente? Deixe-as para as mãos de quem delas sejam dignos. Vê a vitória que com elas alcancei, contra a vasta serpente que estendia o corpo venenoso por grande expansão da planície! Contenta-te com tua tocha, criança, e atiça tua chama, como costumas dizer, mas não te atrevas a intrometer-te com minhas armas.
O filho de Vênus ouviu essas palavras e retrucou:
- Tuas setas podem ferir todas as outras coisas, Apolo, mas as minhas podem ferir-te.
Assim dizendo, pôs-se de pé numa rocha de Parnaso e tirou da aljava duas setas diferentes, uma feita para atrair o amor; outra, para afastá-lo. A primeira era de ouro e tinha a ponta aguçada, a segunda, de ponta rombuda, era de chumbo. Com a seta de ponta de chumbo, feriu a ninfa Dafne, filha do deus-rio Peneu, e com a de ouro feriu Apolo no coração. Sem demora, o deus foi tomado de amor pela donzela e está sentiu horror à ideia de amar. Seu prazer consistia em caminhadas pelo bosque e na caça. Muitos amantes a buscavam, mas ela recusava a todos, passeando pelos bosques, sem pensar em Cupido nem em Himeneu. Seu pai muitas vezes lhe dizia: "Filha, deves dar-me um genro, dar-me netos". Temendo o casamento como a um crime, com as belas faces coradas, ela se abraçou ao pai, implorando: "Concede esta graça, pai querido! Faze com que eu não me case jamais!"
A contragosto, ele consentiu, observando, ao mesmo tempo, porém:
- O teu próprio rosto é contrário a este voto.
Apolo amou-a e lutou para obtê-la; ele, que era o oráculo de todo o mundo, não foi bastante sábio para prever o seu próprio destino. Vendo os cabelos cairem desordenados pelos ombros da ninfa, imaginou: "Se são tão belos em desordem, como deverão ser quando arranjados?" Viu seus olhos brilharem como estrelas; viu seus lábios, e não se deu por satisfeito só em vê-los. Admirou suas mãos e os braços, nus até os ombros, e tudo que estava escondido da vista imaginou mais belo ainda. Seguiu-a; ela fugiu, mais rápida que o vento, e não se retardou um momento ante suas súplicas.
- Pára, filha de Peneu - ele exclamou. Não sou um inimigo. Não fujas de mim, como a ovelha foge do lobo, ou a pomba do milhafre. É por amor que te persigo. Sofro de medo que, por minha culpa, caias e te machuques nestas pedras. Não corras tão depressa, peço-te, e correrei também mais devagar. Não sou um homem rude, um campônio boçal. Júpiter é meu pai, sou senhor de Delfos e Tenedos e conheço todas as coisas, presentes e futuras. Sou o deus do canto e da lira. Minhas setas voam certeiras para o alvo. Mas, ah!, uma seta mais fatal que as minhas atravessou-me o coração! Sou o deus da medicina e conheço a virtude de todas as plantas medicinais. Ah! Sofro de uma enfermidade que bálsamo algum pode curar.
A ninfa continuou, nem ouvindo de todo a súplica do deus. E, mesmo ao fugir, ela o cantava.O vento agitava-lhe as vestes e os cabelos desatados lhe caiam pelas costas. O deus sentiu-se impaciente ao ver desprezados os seus rogos e, excitado por Cupido, diminuiu a distância que o separava da jovem. Era como um cão perseguindo uma lebre, com a boca aberta, pronto para apanhá-la, enquanto o débil animal avança, escapando no último momento. Assim voavam o deus e a virgem: ela com as asas do medo; ele com as do amor. O perseguidor é mais rápido, porém, e adianta-se na carreira: sua respiração ofegante, já atinge os cabelos da ninfa. As forças de Dafne fraquejam e, prestes a cair, ela invoca seu pai, o rio-deus:
- Ajuda-me, Peneu! Abre a terra para envolver-me, ou muda minhas formas, que me têm sido tão fatais!
Mal pronunciara essas palavras, um torpor lhe ganha todos os membros; seu peito começou a revestir-se de uma leve casca; seus cabelos transformaram-se em folhas; seus braços mudaram-se em galhos; os pés cravam-se no chão, como raízes; seu rosto tornou-se o cimo do arbusto, nada conservando do que fora, a não ser a beleza.
Apolo abraçou-se aos ramos da árvore e beijou ardentemente a madeira. Os ramos afastaram-se de seus lábios.
- Já que não podes ser minha esposa - exclamou o deus - serás minha planta preferida. Usarei tuas folhas como coroa; com elas enfeitarei minha lira e minha aljava; e quando os grandes conquistadores romanos caminharem para o Capitólio, à frente dos cortejos triunfais, serás usada como coroas para suas frontes. E, tão eternamente jovem quanto eu próprio, também hás de ser sempre verde e tuas folhas não envelhecerão.
Próxima história: "Hero e Leandro".
Dafne foi o primeiro amor de Apolo. Não surgiu por acaso, mas pela malícia de Cupido, o deus do Amor, filho de Vênus, ou Afrodite. Apolo viu o menino brincando com seu arco e suas setas e, estando ele próprio muito envaidecido com sua recente vitória sobre Píton, disse-lhe:
- Que tens a fazer com armas mortíferas, menino insolente? Deixe-as para as mãos de quem delas sejam dignos. Vê a vitória que com elas alcancei, contra a vasta serpente que estendia o corpo venenoso por grande expansão da planície! Contenta-te com tua tocha, criança, e atiça tua chama, como costumas dizer, mas não te atrevas a intrometer-te com minhas armas.
O filho de Vênus ouviu essas palavras e retrucou:
- Tuas setas podem ferir todas as outras coisas, Apolo, mas as minhas podem ferir-te.
Assim dizendo, pôs-se de pé numa rocha de Parnaso e tirou da aljava duas setas diferentes, uma feita para atrair o amor; outra, para afastá-lo. A primeira era de ouro e tinha a ponta aguçada, a segunda, de ponta rombuda, era de chumbo. Com a seta de ponta de chumbo, feriu a ninfa Dafne, filha do deus-rio Peneu, e com a de ouro feriu Apolo no coração. Sem demora, o deus foi tomado de amor pela donzela e está sentiu horror à ideia de amar. Seu prazer consistia em caminhadas pelo bosque e na caça. Muitos amantes a buscavam, mas ela recusava a todos, passeando pelos bosques, sem pensar em Cupido nem em Himeneu. Seu pai muitas vezes lhe dizia: "Filha, deves dar-me um genro, dar-me netos". Temendo o casamento como a um crime, com as belas faces coradas, ela se abraçou ao pai, implorando: "Concede esta graça, pai querido! Faze com que eu não me case jamais!"
A contragosto, ele consentiu, observando, ao mesmo tempo, porém:
- O teu próprio rosto é contrário a este voto.
Apolo amou-a e lutou para obtê-la; ele, que era o oráculo de todo o mundo, não foi bastante sábio para prever o seu próprio destino. Vendo os cabelos cairem desordenados pelos ombros da ninfa, imaginou: "Se são tão belos em desordem, como deverão ser quando arranjados?" Viu seus olhos brilharem como estrelas; viu seus lábios, e não se deu por satisfeito só em vê-los. Admirou suas mãos e os braços, nus até os ombros, e tudo que estava escondido da vista imaginou mais belo ainda. Seguiu-a; ela fugiu, mais rápida que o vento, e não se retardou um momento ante suas súplicas.
- Pára, filha de Peneu - ele exclamou. Não sou um inimigo. Não fujas de mim, como a ovelha foge do lobo, ou a pomba do milhafre. É por amor que te persigo. Sofro de medo que, por minha culpa, caias e te machuques nestas pedras. Não corras tão depressa, peço-te, e correrei também mais devagar. Não sou um homem rude, um campônio boçal. Júpiter é meu pai, sou senhor de Delfos e Tenedos e conheço todas as coisas, presentes e futuras. Sou o deus do canto e da lira. Minhas setas voam certeiras para o alvo. Mas, ah!, uma seta mais fatal que as minhas atravessou-me o coração! Sou o deus da medicina e conheço a virtude de todas as plantas medicinais. Ah! Sofro de uma enfermidade que bálsamo algum pode curar.
A ninfa continuou, nem ouvindo de todo a súplica do deus. E, mesmo ao fugir, ela o cantava.O vento agitava-lhe as vestes e os cabelos desatados lhe caiam pelas costas. O deus sentiu-se impaciente ao ver desprezados os seus rogos e, excitado por Cupido, diminuiu a distância que o separava da jovem. Era como um cão perseguindo uma lebre, com a boca aberta, pronto para apanhá-la, enquanto o débil animal avança, escapando no último momento. Assim voavam o deus e a virgem: ela com as asas do medo; ele com as do amor. O perseguidor é mais rápido, porém, e adianta-se na carreira: sua respiração ofegante, já atinge os cabelos da ninfa. As forças de Dafne fraquejam e, prestes a cair, ela invoca seu pai, o rio-deus:
- Ajuda-me, Peneu! Abre a terra para envolver-me, ou muda minhas formas, que me têm sido tão fatais!
Mal pronunciara essas palavras, um torpor lhe ganha todos os membros; seu peito começou a revestir-se de uma leve casca; seus cabelos transformaram-se em folhas; seus braços mudaram-se em galhos; os pés cravam-se no chão, como raízes; seu rosto tornou-se o cimo do arbusto, nada conservando do que fora, a não ser a beleza.
Apolo abraçou-se aos ramos da árvore e beijou ardentemente a madeira. Os ramos afastaram-se de seus lábios.
- Já que não podes ser minha esposa - exclamou o deus - serás minha planta preferida. Usarei tuas folhas como coroa; com elas enfeitarei minha lira e minha aljava; e quando os grandes conquistadores romanos caminharem para o Capitólio, à frente dos cortejos triunfais, serás usada como coroas para suas frontes. E, tão eternamente jovem quanto eu próprio, também hás de ser sempre verde e tuas folhas não envelhecerão.
Próxima história: "Hero e Leandro".
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Histórias Gregas>>>>>>
Quem nunca esteve interessado nesses tipos, a Papa-Livros lançará uma série de história gregas, desde Perseu à Hércules, uma trajetória muito boa.
Divirta-se!
Divirta-se!
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
África> As riquezas e a União Africana
AS RIQUEZAS DA ÁFRICA
A África tem muitas riquezas em potencial. Os países estão criando parques de caça e balneários para o turismo. A arte e a música também produzem riqueza. Os recursos minerais do continente incluem minas de ouro em Gana e na Nigéria, além de urânio, diamantes, petróleo, minério de ferro e fosfato - o Marrocos é o maior exportador de fosfato do mundo.
Os países onde há recursos minerais significativos são:
* República democrática do Congo: Diamantes industriais, cobre e e minerais raros como o cobalto.
* Quênia e Tanzânia: Carvão, minério de ferro, tsavoritas, tanzanitas, diamantes, diamantes, turismo.
* Namíbia: Granadas cor-de-tangerina.
* Serra Leoa: Diamantes.
* África do Sul: Diamantes, olhos-de-tigre (uma pedra preciosa), granadas, ouro, platina e madeira de florestas sustentáveis.
* Zâmbia: Cobre, esmelradas e turismo.
A UNIÃO AFRICANA
Em 2002, a União Africana (UA) substituiu a Organização da Unidade Africana (OUA), fundada em 1963. A OUA se dedicava a erradicar o colonialismo e encorajava os movimentos de indepêndencia. Era criticada, pórem, por ser incapaz de proteger os africanos dos próprios líderes. A UA promove paz, segurança e solidariedade em países africanos e estabeleceu um conselho responsável por monitorar os conflitos e intervir se necessário. Outros órgãos importantes:
* Liga dos Países Árabes: Os países de maioria muçulmana do norte e nordeste da África pertencem a esse órgão, fundado em 1945. Sua função é defender interesses comuns.
* Comissão Econômica das Nações Unidas para a África: A África inteira pertence a essa instituição da ONU, cujo objetivo é o desenvolvimento econômico e social do continente.
A África tem muitas riquezas em potencial. Os países estão criando parques de caça e balneários para o turismo. A arte e a música também produzem riqueza. Os recursos minerais do continente incluem minas de ouro em Gana e na Nigéria, além de urânio, diamantes, petróleo, minério de ferro e fosfato - o Marrocos é o maior exportador de fosfato do mundo.
Os países onde há recursos minerais significativos são:
* República democrática do Congo: Diamantes industriais, cobre e e minerais raros como o cobalto.
* Quênia e Tanzânia: Carvão, minério de ferro, tsavoritas, tanzanitas, diamantes, diamantes, turismo.
* Namíbia: Granadas cor-de-tangerina.
* Serra Leoa: Diamantes.
* África do Sul: Diamantes, olhos-de-tigre (uma pedra preciosa), granadas, ouro, platina e madeira de florestas sustentáveis.
* Zâmbia: Cobre, esmelradas e turismo.
A UNIÃO AFRICANA
Em 2002, a União Africana (UA) substituiu a Organização da Unidade Africana (OUA), fundada em 1963. A OUA se dedicava a erradicar o colonialismo e encorajava os movimentos de indepêndencia. Era criticada, pórem, por ser incapaz de proteger os africanos dos próprios líderes. A UA promove paz, segurança e solidariedade em países africanos e estabeleceu um conselho responsável por monitorar os conflitos e intervir se necessário. Outros órgãos importantes:
* Liga dos Países Árabes: Os países de maioria muçulmana do norte e nordeste da África pertencem a esse órgão, fundado em 1945. Sua função é defender interesses comuns.
* Comissão Econômica das Nações Unidas para a África: A África inteira pertence a essa instituição da ONU, cujo objetivo é o desenvolvimento econômico e social do continente.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
África> Etnias e Palavras de origem africana
ETNIAS
Em todos os países africanos há etnias que conservam antigas tradições. Eis alguns exemplos:
* Os Núbios: Esse povo agrícola das montanhas de Nuba no Sudão descende do antigo povo de Kush, que conquistou o Egito no século VIII a.C. Os Núbios falam mais de 50 línguas. Sua cultura inclui a dança do búfalo e a luta com pedaços de pau.
* Os Xonas: Esse povo agrícola do Zimbábue descende de um povo que, no século VII, construiu a cidade de Grande Zimbábue. Os Xonas são famosos pelas belas estatuetas de madeira, vendidas no mercado internacional.
PALAVRAS DE ORIGEM AFRICANA
Existem muitas palavras de origem africana na língua portuguesa. Por exemplo:
* Senzala: Do quimbundo sa´nzala (povoação).
* Orixá: Do iorubá orixa (divindade).
* Maculelê: Junção do umbundo maka (provocação, desafio) e lele (ser leve e rápido).
* Vodu: Do fom vodu (espírito) e do jeje vodu (deidade tutelar ou demônio).
Em todos os países africanos há etnias que conservam antigas tradições. Eis alguns exemplos:
* Os Núbios: Esse povo agrícola das montanhas de Nuba no Sudão descende do antigo povo de Kush, que conquistou o Egito no século VIII a.C. Os Núbios falam mais de 50 línguas. Sua cultura inclui a dança do búfalo e a luta com pedaços de pau.
* Os Xonas: Esse povo agrícola do Zimbábue descende de um povo que, no século VII, construiu a cidade de Grande Zimbábue. Os Xonas são famosos pelas belas estatuetas de madeira, vendidas no mercado internacional.
PALAVRAS DE ORIGEM AFRICANA
Existem muitas palavras de origem africana na língua portuguesa. Por exemplo:
* Senzala: Do quimbundo sa´nzala (povoação).
* Orixá: Do iorubá orixa (divindade).
* Maculelê: Junção do umbundo maka (provocação, desafio) e lele (ser leve e rápido).
* Vodu: Do fom vodu (espírito) e do jeje vodu (deidade tutelar ou demônio).
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